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Na escola, adaptação e ociosidade 

A adaptação do currículo escolar não deve ser um meio de deixar a criança acomodada fazendo o que ela sabe. Essa adaptação deve ser feita propondo desafios ao aluno de forma que ele consiga desenvolver-se através de suas capacidades. Cada pessoa tem seu tempo para aprender, por isso deve-se respeitar o tempo do aluno também, porém sempre trazendo ao aluno atividades desafiadoras para a superação de suas limitações. O aluno é muitas vezes subestimado, pois enquanto os alunos fazem as atividades, o aluno com T21 faz outra que não tem ligação nenhuma com o conteúdo que os demais alunos estão aprendendo. Muitas vezes está brincando com as mãos, canetas, lápis, pintando ou ocioso aguardando alguma atividade que a professora possa dar após atender as demais crianças da turma, o que ao longo dos dias, meses e anos se torna um grande problema, pois a criança com T21 fica frustrada e cansada das mesmas atividades e acaba tendo comportamento inadequado em sala de aula ou acaba fugindo da sala. Nas atividades em grupo, o aluno com SD faz outras atividades, onde seria exatamente o momento de socializar e incluir, como tem dificuldades na fala, no entendimento de regras e dificuldades em entender a dissertação do professor, esse aluno permanece excluído. Entende-se que o fato do aluno estar incluído no ensino regular, tem como objetivo a sua socialização com os demais colegas e acaba-se esquecendo que na verdade ele também está ali para aprender. A escola reclama constantemente que a família não auxilia no processo, porém verificamos que quando a família começa a estudar e entender melhor a sua criança e o processo de aprendizagem, começa então a cobrar da escola, da coordenadora pedagógica e da professora mais adaptação, mais técnica, mais foco com a criança em sala de aula, começa a mostrar as habilidades e dificuldades e começa a supervisionar as aulas que estão sendo dadas ao seu filho e a tendência do profissional é se incomodar com esse procedimento dos pais, e não acatar os aconselhamentos da família que agora está se preparando para ajudar a sua criança. Nesse movimento egocêntrico dos adultos, a maior prejudicada é a criança, que está ali, pronta e ávida para o aprendizado, porém não encontra onde beber da água que possa matar a sua sede de conhecimento da forma correta e com materiais adequados as suas necessidades e acaba saindo da escola sem ter realizado o sonho da alfabetização, sonho que ela mesma não sabe que tem, mas que é sonhado pela sua família e que com certeza será determinante para o seu futuro como uma pessoa funcional na vida adulta. Algumas escolas trabalham para que essa criança possa ao menos escrever o seu nome, como ouvimos constantemente educadores dissertarem em planejamentos do ano, isso é um grande equívoco, eles podem mais! Vamos Lutar! Simone Galvão de França www.montessoridaycare.com.br


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