A linguagem é a área do desenvolvimento do comportamento das pessoas com síndrome de Down mais comprometida quando comparada ao de outras áreas como desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo e motor. Alguns fatores que interferem no processo de aquisição e desenvolvimento da habilidade de linguagem nestas pessoas são descritos, entre eles problemas mecânicos da fala, defeitos sensoriais e alterações neurológicas. Aspectos fonéticos e fonológicos são também descritos no intuito de buscar uma melhor compreensão da relação entre percepção e produção de fala. Finalmente, discute-se a relação entre linguagem e cognição e o quanto disfunções no processamento auditivo podem interferir no desenvolvimento destas habilidades A linguagem é uma forma de comunicação que permite integração e participação social ativa, um veículo facilitador de estruturas de pensamento e um meio de aprendizagem. Os estudos sobre o desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down (SD) nas duas últimas décadas têm revelado que a área da linguagem, principalmente a linguagem expressiva, é a área de comportamento interativo mais prejudicada pelo conjunto de alterações associadas à trissomia do cromossomo 21 (Fischer, 1988; Miller, 1995 e Cunningham, 1981) Variáveis de ordem mecânica, cognitiva, sensorial, neurológica e motivacional contribuem para produzir dificuldades de aprendizagem em indivíduos com SD, particularmente nas áreas da fala e linguagem. Dito isso, aconselho aos professores e gestores escolares, ao trabalhar com a criança com SD ainda não alfabetizada, levar em consideração que o método comum de aprendizagem na escola tradicional não irá em muitos casos fazer efeito na criança com T21 gerando frustrações na criança, na família e tb gerando frustração no professor. Neste sentido, a criança necessita de estudo do educador estratégia diferenciada e análise com planejamento adequado e diferente de todas as outras síndromes, pelas suas características específicas. Sendo assim se faz necessário um estudo apurado do caso individualmente e o melhor método e material a ser utilizado, sempre isolando dificuldades e ultrapassando cada obstáculo um por vez, de forma a decodificar a linguagem oral e gráfica devagar e com base sólida do ponto A ao ponto Z em uma linha reta porém trabalhando lentamente cada etapa. Esquece tempo, esquece a tabela padrão. A criança é o Mestre.
Texto e pesquisa: Simone Galvão de França Baseado em Rosana Maria Tristão
Fundação Educacional do Distrito Federal, Universidade de Brasília Maria Angela Guimarães Feitosa Universidade de Brasília Foto: Yuri Silva 5 anos sendo alfabetizado Mamãe Priscila Montessori T21 Montessori Educação T21
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